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Ataque de Trump a presidente do Fed mexe com mercados


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A segunda-feira (21/4), feriado de Tiradentes no Brasil, foi um dia tenebroso para as bolsas de Nova York. As principais ações norte-americanas despencaram depois que, mais uma vez, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apontou nova artilharia contra o presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense), Jerome Powell.

Em uma publicação na rede Truth Social, Trump disse que a economia dos EUA está caminhando para uma desaceleração “a menos que o Sr. Tarde Demais [Powell], um grande perdedor, reduza as taxas de juros AGORA”.

Não bastassem as preocupações com as consequências da política tarifária de Trump, a postagem trouxe nova preocupação aos agentes, pois deixa clara a tentativa de Trump de interferir na condução da política monetária. O banco central dos EUA é independente.

Na quinta-feira (17), o republicano falou abertamente sobre uma eventual demissão do presidente do banco central americano. Segundo Trump, Powell deixará o comando da autoridade monetária “se eu pedir para ele”.

O Chairman do Fed, por sua vez, declarou que, por lei, não pode ser demitido e que pretende cumprir seu mandato até maio de 2026.

Bastou o falatório de Trump para que os três principais índices de Nova York caíssem, com grandes perdas no grupo das chamadas “Sete Magníficas”, como são conhecidas as grandes empresas do setor de tecnologia: Alphabet (dona do Google), Amazon, Apple, Meta (antigo Facebook), Microsoft, Nvidia e Tesla – a maioria das quais teve seus CEOs ao lado de Trump na posse dele, em 20 de janeiro de 2025.

Na véspera, o Dow Jones caiu 2,48%, para 38.170,41 pontos; o S&P 500 perdeu 2,36%, para 5.158,20 pontos; e o Nasdaq Composite recuou 2,55%, para 15.870,90 pontos.

Todos os 11 principais setores do S&P 500 terminaram o dia em território negativo, com o setor de consumo discricionário e o setor de tecnologia sofrendo as maiores perdas percentuais.

Somente ontem, o Dow Jones perdeu quase 1.000 pontos, e o indicador caminha para o pior abril desde 1932. Já o desempenho do S&P 500 sustenta o seu pior desempenho histórico sob a presidência de Trump.

O The Wall Street Journal afirmou que o Dow Jones caminha para o pior abril desde 1932, com investidores enviando sinal de desconfiança e que poucos acreditam que as negociações da administração com os parceiros comerciais produzirão resultados suficientemente rápidos para aliviar a tensão.

Trump x Powell: presidente do Fed demonstra preocupação com política tarifária

Na quarta-feira (16), o presidente do Fed criticou o tarifaço de Trump, afirmando que o patamar das tarifas anunciadas pelo republicano é muito maior do que o Fed esperava, mesmo nos cenários “mais extremos”.

O governo Trump impôs tarifas que podem chegar a 245% sobre produtos chineses, conforme revelado em um documento recente divulgado pela Casa Branca. Essa cifra impressionante é resultado da acumulação de diferentes taxas aplicadas ao longo dos últimos anos e meses por diferentes administrações americanas.

Além disso, Trump impôs novas restrições à exportação de chips de inteligência artificial para a China, o que fez com que as ações da gigante de IA norte-americana Nvidia despencassem 7% na quarta-feira passada e derrubasse o índice de tecnologia Nasdaq.

Em sua fala, Powell disse que a guerra tarifária iniciada pelos EUA pode dificultar o trabalho da autoridade monetária norte-americana, que toma suas decisões sempre guiada pelo objetivo de controlar a inflação, ao mesmo tempo que fortalece o mercado de trabalho.

Racha comercial

O racha comercial entre a China e os EUA se aprofundou depois que Pequim advertiu outros países contra a realização de acordos com os Estados Unidos às custas da China, adicionando combustível à guerra tarifária em espiral entre as duas maiores economias do mundo.

Os resultados dos indicadores de Nova York ontem é uma mistura do caos na política gerado por Trump com a escalada da tensão comercial e confiança no investidor.

Entre os agentes, paira o sentimento de que Trump possa mesmo dar um jeito para demitir Powell, o que adicionaria mais combustíveis na tocha acendida pelo próprio presidente dos EUA.

Dentro desse cenário, muitas empresas já ligaram o pisca alerta. Muitas delas já estão cortando as perspectivas de lucros futuros.

Títulos do governo

A política de Trump está afetando até mesmo a rentabilidade dos títulos do governo norte-americano, considerados os mais seguros do mundo. Além disso, o dólar americano também está caindo.

Somente em abril, o rendimento do Tesouro de 10 anos subiu 0,16 pontos percentuais. Isso significa que os preços dos títulos também estão caindo. As pessoas estão descarregando o que deveria ser a aposta mais segura.

Somente o ouro tem subido. Os futuros de ouro atingiram um novo recorde. Com todo o resto desmoronando, o ouro é o único lugar que os investidores estão se mudando.

Em uma tentativa de tentar minorar os impactos do caos, na véspera (21), Trump se reuniu com grandes varejistas, incluindo Walmart, Home Depot, Lowe’s e Target para discutir as amplas tarifas que provavelmente aumentarão o custo dos produtos de uso diário que eles importam.

As grandes redes norte-americanas, como o Walmart e a Target, dependem muito de produtos importados, e as tarifas — incluindo taxas de 145% sobre a China — devem aumentar a pressão sobre os norte-americanos, já sobrecarregados pela inflação prolongada.

Segundo alguns dos participantes, a reunião foi “produtiva”.





Fonte: ICL Notícias

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