A balança comercial registrou um superávit de US$ 80,2 bilhões de janeiro a outubro deste ano, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços nesta quarta-feira (1º).
De acordo com o MDIC, o superávit registrado no período também é o maior para os dez primeiros meses de um ano. A série histórica tem início em 1989. Até então, o maior saldo positivo havia sido registrado em 2021 (+US$ 58,6 bilhões).
O resultado é de superávit quanto as exportações superam as importações. Quando acontece o contrário, o resultado é deficitário.
- O valor representa um aumento de 57,9% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o saldo positivo somou US$ 50,79 bilhões.
Somente em outubro, a balança comercial apresentou um superávit de US$ 8,96 bilhões.
Nesta terça-feira (30), o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, projetou nesta segunda-feira (30) que a balança comercial brasileira deve terminar o ano com superávit recorde de US$ 91 bilhões.
Caso se confirme, o saldo representaria um aumento de 46% em relação aos US$ 62,3 bilhões obtidos em 2022, montante já considerado recorde da série histórica da balança, ou seja, desde 1989.
Exportações e importações
De acordo com dados oficiais, as exportações somaram US$ 282,47 bilhões no acumulado deste ano — aumento, pela média diária, de 0,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já as importações totalizaram US$ 202,26 bilhões — queda de 12,2%.
De janeiro a outubro deste ano, os principais produtos exportados foram:
- Soja: US$ 48,48 bilhões, com alta de 10,1% sobre o mesmo período do ano passado
- Óleos brutos de petróleo: US$ 33,97 bilhões, com aumento de 1%
- Minério de ferro: US$ 24,39 bilhões, com queda de 2,3%
- Açúcares e melaços: US$ 11,71 bilhões, com alta de 34,3%
- Milho: US$ 10,58 bilhões, com elevação de 21,1%.
Na parcial do ano, os principais destinos das exportações são:
- China, Hong Kong e Macau (+12,2%, para US$ 87,3 bilhões);
- União Europeia (-10,7%, para US$ 38,42 bilhões);
- Estados Unidos (-3,9%, para US$ 29,96 bilhões);
- Argentina (+12,5%, para US$ 14,9 bilhões).