O empresário Roberto Pantoja, conhecido por seu posicionamento libertário e defesa do Bitcoin, falou ao site Livecoins sobre seu histórico pessoal, a adoção crescente da moeda digital no mundo e os riscos políticos que, segundo ele, ainda ameaçam a liberdade econômica.

Em entrevista, Pantoja apresentou sua visão crítica sobre o Estado e apontou o Bitcoin como uma ferramenta poderosa de emancipação individual diante da interferência governamental.

Quem é Roberto Pantoja e como ele chegou ao Bitcoin?

Empresário desde a juventude, Pantoja conta que começou a estudar economia por conta própria e, em apenas quatro meses, se identificou com o pensamento libertário.

Ele diz que a experiência no mundo dos negócios o ajudou a compreender o que chama de “roubo institucionalizado” promovido por modelos estatais. “É fácil ver isso como empresário: a economia estatal e o socialismo são armas para roubar as pessoas“, afirma.

Embora tenha tido contato com o Bitcoin já em 2009, quando morou nos Estados Unidos, ele só passou a investir na moeda em 2015. Sobre sua formação política, destaca sua leitura bíblica: “A sua direita vão estar as ovelhas e a minha esquerda os bodes“.

Para ele, a direita cristã valoriza o trabalho, a independência e a produtividade. “Todo cristão condena vagabundagem (esquerda)“, resume.

Qual é o momento atual do Bitcoin?

Sobre o atual momento do Bitcoin, Pantoja é direto ao afirmar que a moeda é “inevitável e imparável“.

Ele critica políticos que tentam se aproximar da tecnologia, dizendo que estão “dando um tiro no pé, provavelmente por pura burrice“.

Para o empresário, o Bitcoin representa o capitalismo em sua essência, uma ferramenta tecnológica que promove liberdade econômica e escapa do controle centralizador do Estado.

O que esperar até 2030?

Em relação ao futuro da moeda digital e do mundo até 2030, Pantoja projeta um cenário otimista, com uma ressalva.

“Se os políticos não resolverem matar cem milhões de pessoas fabricando uma nova guerra, o futuro tende a ser maravilhoso“, diz.

Ele cita a inteligência artificial, a computação quântica e a fusão nuclear como tecnologias que podem elevar o padrão de vida da humanidade.

Mas alerta que os políticos terão que “inovar para continuar roubando as pessoas“.

Quais são os riscos para o Bitcoin?

Ao ser questionado sobre os riscos reais ao Bitcoin, Pantoja é categórico: “O único risco sempre foi e sempre será a política. Eles são o mal do mundo. Vão tentar impedir a liberdade atacando os empresários, seus maiores inimigos“.

Para ele, o ataque ao capital privado é uma constante histórica e representa o maior obstáculo para o avanço da liberdade individual.

Como os libertários devem começar a estudar Bitcoin?

Para quem deseja entender o que o Bitcoin realmente representa, o empresário recomenda a leitura do livro “A Internet do Dinheiro”, de Andreas Antonopoulos.

Ele diz que foi a única obra que entendeu, antes de todos, o papel do Bitcoin como base para a nova internet e o sistema financeiro da web 3.0.

“Quem não entender isso vai viver de bolsa família“, afirma.

O que pensa sobre comunidades autônomas e a adoção sem Estado?

Questionado sobre as comunidades autônomas de Bitcoin, como o modelo iniciado em El Salvador sem intervenção estatal, Pantoja é cético.

“Perda de tempo. É tão utópico quanto as comunas. A tecnologia aceita pelo mercado é exponencial. As pessoas não precisam gostar de Bitcoin, elas vão ser engolidas por ele“, explica.

Ele acredita que iniciativas isoladas, como viver em fazendas libertárias, apenas aumentam o custo de vida e reduzem a eficiência econômica, por estarem fora das economias de escala.

Bitcoin é investimento ou moeda?

Sobre o papel do Bitcoin como moeda ou investimento, Pantoja não faz distinção. Para ele, o Bitcoin é base estrutural de um novo sistema financeiro e deve ser acumulado.

“A minha última mensagem é: comprem Bitcoin. E se quiser descobrir como a política engana você, siga o meu perfil @robertospantoja“, finaliza.