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Câmara Municipal de Manaus discute atualização do Código Ambiental em Audiência Pública 

Proposta em debate busca atualizar legislação em vigor há mais de 20 anos

A Câmara Municipal de Manaus (CMM) promoveu, nesta quarta-feira (21 de maio), uma Audiência Pública para debater a atualização do Código Ambiental Municipal. O encontro foi realizado pela Comissão Especial de Atualização do Código Ambiental da cidade, no Plenário Adriano Jorge.

O objetivo da Audiência foi ouvir sugestões, críticas e contribuições ao projeto de Lei nº 064/2025, de autoria do Executivo Municipal, que realizou uma apresentação sobre o novo Código Ambiental de Manaus aos vereadores.

O debate contou com a participação de representantes de instituições como o Ministério Público do Amazonas (MP-AM); Defensoria Pública do Amazonas (DPE-AM); Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa); secretarias estaduais e municipais, além de entidades técnicas como o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Amazonas (CAU-AM). A proposta é revisar uma legislação que está em vigor há mais de duas décadas, em um esforço coletivo por uma cidade mais sustentável e alinhada às demandas ambientais contemporâneas.

O presidente da Comissão Especial, vereador Joelson Silva (Avante), destacou a importância da iniciativa.

“É um dia importante. Foi criada uma Comissão Permanente Especial justamente para tratar desse assunto. É importante que seja revisto, afinal são quase duas décadas sem atualização [do código]. Já estamos com um projeto que veio do Executivo tramitando aqui na Casa, e a Comissão foi criada pelo presidente da Câmara para tratar da reformulação do novo Código Ambiental da cidade”, explicou.

De acordo com o parlamentar, a Audiência Pública é uma etapa essencial do processo.

“Já tivemos três reuniões da Comissão e agora vamos ouvir sugestões e críticas. Não só da Secretaria Municipal, mas de outros órgãos públicos e entidades civis que estão participando. A partir dessa Audiência, abre-se um prazo de cerca de 20 dias para apresentação de emendas ao novo código”, completou Joelson Silva.

A atualização do Código Ambiental inclui temas inéditos, como a causa animal, já contemplada em propostas elaboradas pelos vereadores Kennedy Marques (MDB) e Aldenor Lima (União Brasil). O novo texto da lei também vai se alinhar ao Código de Posturas e levar em conta as sugestões feitas diretamente pelos parlamentares.

O secretário Municipal de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Mudança do Clima (Semmasclima), Fransuá Matos, reforçou que a revisão é um trabalho construído de forma conjunta entre a prefeitura e diversos setores.

“Manaus precisa desta atualização até para promover de forma moderna a defesa ambiental. Durante essas mais de duas décadas, leis federais e estaduais foram criadas e o código precisava se adequar. A Audiência Pública é a oportunidade que temos para ouvir parlamentares, propor ajustes e tornar esse documento ainda mais eficaz”, declarou.

Fransuá ressaltou ainda que o processo de reformulação do Código teve início em 2021, com a criação de uma Comissão específica pela Prefeitura de Manaus. Em 2022 e 2023, houve encontros com órgãos como o Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) e a Procuradoria-Geral do Município (PGM).

“Agora, em 2025, estamos aqui na Casa do Povo discutindo o Código Ambiental. Porque ele não é da Prefeitura, ele é de todos nós”, frisou.

Durante a Audiência, representantes da sociedade civil também fizeram contribuições. A vice-presidente do CAU-AM, Melissa Toledo, ressaltou que o debate é uma oportunidade essencial para alinhar o código à realidade de Manaus.

“Quando falamos de uma revisão de um código ambiental, estamos falando de um ambiente amazônico consolidado, que é o nosso município. Nós temos um plano diretor de 2001. Esse diálogo é muito importante para a reflexão e para um planejamento territorial”, afirmou.

Melissa ainda destacou a necessidade de reforçar a autonomia técnica dos órgãos ambientais e garantir a participação ativa da sociedade civil no processo de formulação de políticas ambientais. “Sempre falo que o código ambiental tem que ter uma sincronicidade com o plano diretor urbano-ambiental, e que não seja só um instrumento de análise, seja um instrumento também de uma educação urbana-ambiental”, concluiu.

A Audiência Pública representou um passo importante na construção coletiva de um novo marco legal ambiental para Manaus. A expectativa é que, com a escuta da população e o trabalho técnico das instituições envolvidas, o novo Código Ambiental esteja alinhado à preservação da biodiversidade amazônica e à promoção de uma cidade mais resiliente e equilibrada.

Fotos: Cleuton Silva e Eder França/Dicom-CMM

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