Condenada a 10 anos de prisão por contratar um hacker para invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a deputada federal Carla Zambelli (PL) chegou à Itália nesta quinta-feira (5) Ela tem cidadania daquele país e desembarcou de avião na capital Roma.

A deputada chegou ao território italiano antes de seu nome ser incluído na difusão vermelha da Interpol, o que aconteceu na manhã desta quinta-feira.

Antes de ir para a Itália, ela estava nos Estados Unidos.

Depois de sua fuga, Zambelli passou a figurar em novo inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta coação no curso do processo e obstrução de investigação que envolva organização criminosa.

A investigação foi aberta nesta quarta-feira (4) após ela afirmar em entrevista que quer, na Europa, atuar contra o Supremo.

Zambelli deixou o país pela fronteira com a Argentina, pela região de Foz do Iguaçu. Na manhã de quarta (4), a parlamentar estava na Flórida, nos Estados Unidos, segundo a assessoria.

Ministro Alexandre de Moraes (Foto: STF)

Zambelli entre os procurdos da interpol

O nome de Zambelli consta na Difusão Vermelha da Interpol, banco de dados de pessoas procuradas pelas polícias dos 196 países-membros do órgão. A análise para a inclusão da deputada na rede internacional durou menos de 24 horas.

No pedido de prisão preventiva de Carla Zambelli, Moraes disse que o cadastro da deputada na relação de foragidos da Interpol era necessário para viabilizar o pedido de extradição. Na última terça-feira (3), Zambelli anunciou estar fora do país.

Depois da fuga, o ministro Alexandre de Moraes, do Superior Tribunal Federal (STF), determinou a prisão da deputada federal Carla Zambelli. O ministro também ordenou o bloqueio do passaporte de Zambelli e de todas as suas contas bancárias.

Além disso, o magistrado mandou que em até duas horas suas contas em diversas redes sociais sejam bloqueadas. Caso não cumpram a determinação, a multa diária é de R$ 100 mil.