A Gemini, corretora americana de Bitcoin e outras criptomoedas, anunciou nesta sexta-feira (6) que entrou com um pedido confidencial de IPO (Oferta Pública Inicial de Ações) nos EUA.

A corretora foi fundada em 2015 por Cameron e Tyler Winklevoss, também conhecidos como os “gêmeos do Facebook”, sendo uma das mais antigas do mercado.

O anúncio do IPO acontece na mesma semana em que a Circle, emissora da stablecoin USDC, estreia na bolsa de valores de Nova York. As ações da gigante operam em alta de 277%.

Gemini, corretora dos gêmeos Winklevoss, revela pedido de IPO nos EUA

O anúncio da Gemini mostra a força que o mercado de criptomoeda está tomando após as eleições americanas. Antes disso, apenas as ações da Coinbase eram negociadas nas bolsas dos EUA.

O comunicado aponta que a quantidade de ações a serem emitidas e a faixa de preço ainda não foram estabelecidos. Portanto, não se sabe qual seria o seu valor de mercado alvo.

“A Gemini Space Station, Inc. (“Gemini”) anunciou hoje que submeteu confidencialmente à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) um rascunho de declaração de registro no Formulário S-1, referente à proposta de oferta pública inicial (IPO) de suas ações ordinárias Classe A.”

Dados do CoinMarketCap apontam que a corretora dos gêmeos Winklevoss registra um volume de negociações de US$ 341 milhões nas últimas 24 horas. Deste total, mais da metade estão ligados ao Bitcoin, incluindo contra a stablecoin Gemini USD (GUSD), emitida pelos próprios gêmeos.

Já suas carteiras apontam reservas de US$ 6,88 bilhões (R$ 38,2 bilhões) em Bitcoin, representando 79,8% dos ativos de seus clientes. Ou seja, mais uma prova de seu foco na maior criptomoeda do mercado.

Além de ser lembrada pelo sobrenome de seus fundadores, a Gemini também foi a primeira a registrar um ETF de Bitcoin nos EUA, ainda em 2017, mas teve seu pedido rejeitado pela SEC.

Mais recentemente, a corretora se envolveu em um escândalo ligado à Genesis, do Digital Currency Group (DCG), travando saques de clientes do programa ‘Earn’. Felizmente, o problema foi resolvido.

Por fim, vale notar que os gêmeos Winklevoss doaram R$ 10 milhões em Bitcoin para a campanha presidencial de Donald Trump. Na data, Tyler e Cameron criticaram o governo Biden, pedindo por mudanças.