Após a repercussão de um vídeo, divulgado nas redes sociais do 9º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP) na última terça-feira (15), o tenente-coronel Costa Júnior, comandante do BAEP, se manifestou nas redes sociais nesta quarta-feira (16) sobre os elementos associados a rituais racistas, em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo.
O comandante afirma que o vídeo retrata a “Cerimônia de Conquista e Outorga de dois Braçais de BAEP” aos agentes recém ingressados na unidade, como forma de conclusão do período de estágio e permanência em serviço no batalhão.
“A cruz envolta em chamas simboliza a vitória sobre o sacrifício e o peso da conquista”, afirma. O caminho iluminado faz referência à trajetória dos soldados até a etapa do juramento em defesa da vida no serviço militar.
Em nota, o batalhão afirma que a tradicional cerimônia militar visa ressaltar os méritos alcançados após meses de treinamento e observação para alcançar a honra de poder ostentar um braçal de Polícia Militar.
A cerimônia ocorreu no período noturno porque os estagiários que alcançaram a conquista pertencem ao Pelotão de Ações Especiais que atua no serviço noturno, de acordo com os esclarecimentos da corporação.
O estande de tiro usado para a cerimônia que não dispunha de iluminação própria, por isso foram usados petrechos com fogo para iluminação do local, de acordo com a nota.
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) instaurou nesta quarta-feira (16), por meio da promotoria de Justiça de São José do Rio Preto, um procedimento para investigar o caso. A situação semelhante aos rituais da “Ku Klux Klan”, organização secreta que visava manter as práticas racistas e os privilégios da população branca norte-americana após a Guerra de Secessão, de acordo com a pasta.
Veja o vídeo:
Fonte: CNN Brasil