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Da educação à segurança, trabalhadores se mobilizam contra gestão Zema em MG


Por Ana Carolina Vasconcelos — Brasil de Fato

Servidores públicos de Minas Gerais intensificaram as mobilizações contra a postura do governo de Romeu Zema (Novo) nesta semana. Na última terça-feira (8), trabalhadores da educação, da segurança pública e da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) protestaram na capital mineira reivindicando reajuste salarial e melhores condições.

Policiais, professores, auxiliares de serviços e trabalhadores da Cemig criticam governo estadual  (Foto: Elizabete Guimarães/ALMG)

Educação

Segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUTE-MG), parte das categorias acumula, desde 2019, perdas salariais de mais de R$ 2 mil por mês. Os profissionais também denunciam que o Executivo mineiro não cumpre a legislação do Piso Salarial Nacional.

“É um governador ‘fora da lei’, que não valoriza e não respeita os trabalhadores e as trabalhadoras, nem a escola pública”, avaliou Marcelle Amador, da direção do SindUTE-MG.

Como mostrado em reportagem do Brasil de Fato MG, auxiliares de serviço da educação básica (ASB) do estado, por exemplo, recebem menos que um salário mínimo. As trabalhadoras, majoritariamente mulheres e responsáveis pelas ações de cuidado e manutenção do espaço escolar, paralisaram suas atividades no dia 21 de março.

Enquanto existem ASBs com o vencimento básico de R$ 1.466,58, Romeu Zema recebe o segundo maior salário entre os governadores do país — R$ 41,8 mil mensais, montante aproximadamente 28 vezes maior que o salário de uma auxiliar.

Na terça-feira (8), realizaram uma passeata que terminou na entrada da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), onde uma audiência pública requerida pela deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT) debateu sobre as condições das categorias.

Entre as principais reivindicações está o cumprimento integral do piso nacional do magistério para todas as categorias, reajustado pelo governo Lula (PT) em 6,27% para 2025.

“Eu quero chamar a atenção para algo gravíssimo, que é a situação de milhares de servidores que hoje recebem um vencimento básico abaixo do salário mínimo. Quando você assistir àquela propaganda do governo Zema falando sobre a ‘eficiência da educação’, lembre-se que aquela ‘eficiência’ paga menos que um salário mínimo”, criticou Beatriz Cerqueira, durante a audiência pública.

Segurança pública

Ainda na terça-feira, trabalhadores da segurança pública do estado fizeram uma manifestação na Praça Sete, no centro de Belo Horizonte, também cobrando por recomposição salarial.

Um levantamento do Sindicato dos Escrivães de Polícia Civil de Minas Gerais (Sindep MG) indica que, enquanto a inflação acumulada entre 2015 e 2024 foi de 74,89%, os servidores da segurança tiveram reajustes de apenas 30,01%. Ou seja, acumulam uma defasagem de quase 45%.

As entidades representativas denunciam ainda que o governo Zema tem a prática recorrente de descumprir acordos firmados com as categorias. Uma das negociações previa a recomposição gradual das perdas inflacionárias acumuladas até 2022. Para tanto, a gestão pagaria três parcelas de 13%, 12% e 12%. Porém, de acordo com os trabalhadores, apenas a primeira parcela foi paga.

“Zema perdeu o controle. Policiais, agentes de segurança, professores, auxiliares de serviços e trabalhadores da Cemig fincaram posição contrária ao governador e ao seu trabalho. Explodem manifestações e insatisfação por todo o estado”, classificou o deputado federal por Minas Gerais Rogério Correia (PT).

Trabalhadores da Cemig

Também na terça-feira, trabalhadores da Cemig fizeram uma manifestação em frente à sede da empresa. A categoria está em greve desde a segunda-feira (7) em defesa do plano de saúde, que sofreu um reajuste de 60,5% na cobrança aos eletricitários. As mudanças são defendidas pela atual direção da companhia, indicada pelo governo Zema.

No mês passado, mais de 1 mil profissionais da Cemig já haviam feito uma manifestação contra as alterações no plano de saúde. Como mostrou a reportagem do Brasil de Fato MG,  trabalhadores aposentados podem ter que pagar cerca de R$ 2,5 mil para terem acesso ao direito.

“Não vamos tolerar barganha com a vida dos trabalhadores e trabalhadoras. Profissionais adoecidos não podem fornecer luz para Minas Gerais”, disse o Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais (Sindieletro-MG), em nota.

O outro lado

Procurado pela reportagem para comentar sobre as denúncias, o governo de Minas não respondeu até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações.



Fonte: ICL Notícias

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