O governo espera publicar, em junho, o decreto que define o modelo e a implantação da TV digital 3.0 no Brasil. A previsão do Ministério das Comunicações é iniciar as transmissões da “televisão do futuro”, em algumas capitais, a partir de meados de 2026.

À CNN, o ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, disse que pretende conversar sobre o assunto com a Casa Civil nas próximas semanas. A minuta está pronta e falta apenas o crivo do Palácio do Planalto.

“É uma TV mais interativa e com mais serviços de valor agregado”, afirma Siqueira, que prevê o início praticamente imediato da produção de aparelhos por fabricantes nacionais, logo após a publicação do decreto.

Será adotada a tecnologia de transmissão do sistema americano ATSC 3.0, conforme recomendação do Fórum Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre (SBTVD).

A adoção da nova tecnologia permitirá melhorar até quadruplicar a qualidade de imagem e de som. A resolução atual do Full HD (1920×1080 pixels) pode aumentar para 4K (3.840 x 2.160) ou até 8K (7.680 x 4.320).

Além da quantidade de pixels, a TV 3.0 promete melhorias de cor, nitidez e contraste, com a ajuda da dinâmica de alto alcance (High Dynamic Range).

A navegação será mais interativa e inovadora, passando a ser feita apenas por aplicativos e abandonando o atual sistema por números.

Em aparelhos conectados à internet, será criada uma interface para o comércio eletrônico. Enquanto assiste a um filme ou uma novela, o telespectador poderá comprar, por exemplo, as roupas usadas por um ator ou uma atriz.