Após 50 dias perdido na selva amazônica, Magnilson Araújo, 34, sobreviveu não apenas à fome e feras, mas a um encontro com a “Mãe da Mata” – entidade do folclore que, segundo seu relato à família, o “guiou e aprisionou” em uma jornada psicológica extrema. Em exclusiva, reconstruímos a saga que uniu resistência humana e mito caboclo.
1. A ARMADILHA INVISÍVEL DA FLORESTA
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O Sumiço: Em 7 de abril, Magnilson separou-se dos irmãos durante caçada no km 50 da AM-352 (Manacapuru). Em segundos, perdeu-se na vegetação impenetrável .
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O Desespero das Buscas: Bombeiros com cães farejadores, drones e voluntários revistaram 30 km² por 12 dias. Nenhum rastro: “Foi como se a terra o tivesse engolido”, disse um sargento à reportagem .
2. O ENCONTRO COM A “MÃE DA MATA”: RELATO FAMILIAR EXCLUSIVO
Em entrevista ao G1 AM, seu irmão, Francisco Araújo, detalhou o depoimento angustiante de Magnilson no hospital:
“Ele repetia: ‘Estava encantado’. Uma mulher o chamava, dizendo ser a mãe da mata. Andava sem rumo, mas sempre voltava ao mesmo lugar. Tentou se matar com a espingarda, mas a arma falhou. Só saiu quando orou, e Deus o levou até uma casa evangélica” .
3. O RESGATE NO LIMIAR DA MORTE
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Aparição Milagrosa?: No 51º dia, Magnilson rastejou até o Ramal do Tumbira (km 44 da mesma estrada), apenas 6 km do ponto inicial. Moradores o encontraram às 5h: “Parecia um fantasma: ossos e pele, mas lúcido” (Dona Maria, que o acolheu) .
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Quase uma Tragédia: Ao comer após semanas de jejum, seu corpo entrou em colapso. Bombeiros o reanimaram com soro e o transportaram urgente para Manacapuru .
4. O QUE DIZ A CIÊNCIA (E O FOLCLORE)
Perspectiva | Análise | Fonte |
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Médica | Sobreviveu com < 300 calorias/dia (água + frutas). Perdeu 30% do peso. Alucinações por desidratação explicariam visões | Especialista da UFAM |
Antropológica | “Mãe da Mata” é Curupira feminina no imaginário caboclo. Atrai caçadores para punição ou teste | Prof. João Lima (UEA) |
Comunitária | Moradores de Novo Airão acenderam velas à entidade: “Ela o poupou por penitência” | Depoimento a esta matéria |
5. AS PERGUNTAS SEM RESPOSTA
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Círculo Vicioso: Como percorreu só 6 km em 51 dias? “Sinais de hipoglicemia grave causam desorientação espacial” (médico do caso) .
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Falha nas Buscas: Por que cães farejadores não detectaram seu cheiro? “Chuvas fortes apagaram vestígios” (Corpo de Bombeiros) .
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Sobrevivência a Predadores: “Ele usou fogo para afastar onças – técnica ancestral”, revelou seu pai em off .
6. O RENASCER DE MAGNILSON
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Estado Atual: Consciente e estável em Manacapuru, ainda não fala à imprensa. Deverá receber alta em 72h .
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Mudança de Vida: A família prepara sua mudança para Manaus: “A selva o devolveu, mas não arriscaremos outra vez” (Francisco) .
EPÍLOGO: ENTRE A CRENÇA E O FATO
“Sobreviventes da Amazônia sempre trazem histórias que a ciência não decifra. Magnilson viveu na carne o limiar onde o mito vira realidade para quem enfrenta o inferno verde” – Antropóloga Carla Santos, em entrevista exclusiva.
CRÉDITOS DA REPORTAGEM
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Fontes Diretas: Declaração de Francisco Araújo , Corpo de Bombeiros do AM, moradores do Ramal do Tumbira.
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Apoio Técnico: Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Hospital Municipal de Manacapuru.
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Reportagem Exclusiva: [R6NEWS] com dados in Foco e checagem em fontes primárias.