Com as eleições para a definição dos 50 conselheiros tutelares de Manaus no próximo domingo (1º), o apoio dos vereadores aos candidatos pode significar um termômetro para definir a força do político em cada zona da capital, principalmente pelo fato de que falta pouco mais de um ano para as eleições municipais, que elegem prefeitos e vereadores.
No entanto, os representantes da 20º Comissão de Direito da Criança, do Adolescente e do Idoso da Câmara Municipal de Manaus ainda não mostraram apoio a nenhum candidato. O vice-presidente da pasta, Raiff Matos (DC), disse não ter um escolhido, e que espera apenas que os eleitos “possam executar seu trabalho com toda a responsabilidade”.
Para o analista político Helso Ribeiro, “o poder não deixa espaço vago”, e quis dizer que quando há disputa pelo poder, sempre existirão os interessados, no jogo do xadrez político, em uma vaga para algum determinado cargo, que pode impulsionar outro futuramente.
“Eu diria que a eleição para conselheiro tutelar, ela transcende a vontade de vereadores. É claro que nas próximas eleições do ano que vem, prefeito e vereador, já vêm um desejo imediato mais premente, e aí eu já conheço pessoas que estão candidatos prováveis para o ano que vem, que estão apoiando alguns candidatos ao Conselho Tutelar”, disse Helso.
Segundo o especialista, a sua fala indica que as eleições para conselheiro tutelar podem indicar que alguns políticos estão na busca de construir apoio e relações com a comunidade local por meio dos candidatos ao Conselho Tutelar.
Embora as eleições para prefeito e vereador sejam mais imediatas e prioritárias, alguns políticos já estão envolvidos nas eleições para o Conselho Tutelar como uma estratégia política para o futuro, e como diz Helso Ribeiro: “é alguma escada para que os candidatos a vereador no ano que vem consigam amealhar votos”.
O analista político também não descarta a possibilidade de candidatos, agora ao conselho, poderem se eleger como parlamentar nas eleições de 2024.
“E também tem a possibilidade de alguns conselheiros tutelares serem candidatos também. Isso não é nenhum impeditivo. Às vezes, serve de trampolim”, finalizou Helso Ribeiro.