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Entenda o que é a Economia de Francisco e Clara, um dos legados deixados pelo Papa


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Morto aos 88 anos na última segunda-feira (21), após 12 anos de um dos papados mais revolucionários da História, o Papa Francisco deixou vários legados que buscavam fazer do mundo um lugar mais justo, menos desigual e mais humano, em favor principalmente dos mais vulneráveis. Dentre esses legados, está a “Economia de Francisco e Clara“, movimento presente em mais de 20 países, incluindo o Brasil.

Em 2019, o Papa convocou economistas e empreendedores para criar o movimento, uma iniciativa global com foco na reconstrução de um sistema econômico mais justo, inclusivo e sustentável, visando principalmente as pessoas mais vulneráveis. A proposta valoriza a ética, a solidariedade, o cuidado com a criação e a participação comunitária.

Os princípios para a nova economia defendida pelo Papa incluem seis eixos:

  • (i) centralidade da pessoa,
  • (ii) cuidado com a criação,
  • (iii) justiça distributiva,
  • (iv) trabalho digno,
  • (v) solidariedade intergeracional e
  • (vi) participação local.

O movimento reúne jovens economistas, empreendedores e pesquisadores.

Na prática, o Papa tinha o entendimento de que a economia deve servir ao ser humano, e não o contrário, dentro dos seguintes pilares:

  • A produção e o consumo devem respeitar os limites ecológicos do planeta.
  • É necessário combater a desigualdade e garantir acesso justo aos recursos.
  • O trabalho é um direito humano fundamental e fonte de dignidade.
  • Devemos preservar os recursos para as futuras gerações.
  • As decisões econômicas devem incluir os mais pobres e os povos tradicionais.

A visão econômica de Francisco inspira ações concretas como o fortalecimento da economia circular, das finanças éticas, da agricultura sustentável, do empreendedorismo social, do manejo sustentável de ecossistemas naturais e da inclusão produtiva. Essas práticas ajudam a construir um modelo que respeita tanto a dignidade humana quanto os limites ecológicos.

Economia de Francisco: Inspiração no santo

Da ordem religiosa dos Jesuítas, que prega o voto de pobreza, o argentino Jorge Mario Bergoglio foi o primeiro Papa a adotar o nome de Francisco na História. Assim como ele, o movimento Economia de Francisco e Clara é inspirado em São Francisco de Assis, criador da ordem Franciscana da Igreja Católica, que preza pela renúncia à riqueza para servir aos pobres. Ele também é conhecido como o santo dos animais e do meio ambiente.

O primeiro encontro presencial do grupo aconteceu em setembro de 2022. Na ocasião, os jovens assinaram um pacto com o papa, comprometendo-se a transformar suas próprias relações com o sistema e o futuro da economia em uma “economia do Evangelho”, que não financie guerras, combata a proliferação de armas e se coloque a serviço de todas as pessoas.

“Uma economia que não deixe ninguém para trás, que reconheça e proteja o trabalho digno e seguro para todos, uma economia onde as finanças sejam amigas da economia real e do trabalho, uma economia que salvaguarde as culturas, as tradições dos povos, todas as espécies vivas e os recursos naturais da Terra”, determinou o pacto.

Princípios

Os participantes do movimento se dividem em três áreas principais:

  • Educação e pesquisa;
  • Empreendedorismo;
  • Eventos locais e globais.

A maioria dos projetos da comunidade estão na área de educação e pesquisa.

O movimento também é regido por 12 pilares, que são:

  • Políticas para a felicidade: viabilizar momentos e espaços para as relações interpessoais e práticas que estimulem qualidade de vida e felicidade;
  • Energia e pobreza: estímulo à transição energética global para uma energia verde e limpa;
  • Vida e estilo de vida: transformação no modo de consumir, evitando desperdícios, exageros e prejuízos ao meio ambiente;
  • Negócios e paz: a condenação de investimentos que valorizem armas ou o lucro acima da vida das pessoas;
  • Mulheres na economia: inclusão de mulheres nos negócios;
  • Negócios em transição: auxílio e incentivo para negócios em modelos mais sustentáveis;
  • Trabalho e cuidado: defesa por uma cultura de trabalho que priorize a dignidade das pessoas, eliminando a pobreza no trabalho;
  • CO2 e desigualdades: incentivo a estudos sobre as melhores formas de conduzir negócios e a economia para proteger a humanidade de forma integral;
  • Gestão e doação: defesa por um estilo de liderança que valorize as pessoas;
  • Vocação e lucro: auxílio a jovens que buscam entender qual sua vocação para o trabalho e como conseguir uma boa vida financeira a partir disso;
  • Agricultura e justiça: criação e apoio para projetos agrícolas que promovem acesso à terra e comida para todos;
  • Finanças e humanidade: defesa pela conversa com os mercados financeiros para a promoção de negócios que favoreçam o desenvolvimento humano de forma integral para todos.





Fonte: ICL Notícias

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