A seca intensa que assola o estado do Amazonas está deixando marcas profundas em diversas esferas da sociedade. Além das preocupações ambientais, a seca do rio negro está afetando severamente o setor de turismo, causando impactos tanto nos trabalhadores que dependem das atividades turísticas quanto nas comunidades que praticam o turismo de base comunitária.
O Impacto no Turismo
O Amazonas, famoso por sua exuberante floresta, rios e biodiversidade única, sempre atrai turistas de todo o mundo. No entanto, a estiagem tem tornado muitos dos passeios turísticos impossíveis.
Os trabalhadores do setor de turismo, que dependem da renda gerada pelas atividades, estão sofrendo as consequências dessa crise. Guias, barqueiros, cozinheiros e diversos outros profissionais estão enfrentando a escassez de clientes.
Comunidades Locais Afetadas
Além dos prejuízos para o setor de turismo, as comunidades locais, que há muito tempo adotam práticas sustentáveis de turismo de base comunitária, também enfrentam dificuldades. Essas comunidades dependem da visita de turistas para sua subsistência, e a falta de atividade turística afeta diretamente sua economia.
A pesca e a agricultura, que sustentam muitas dessas comunidades, também foram prejudicadas pela estiagem, já que o baixo nível dos rios dificulta o acesso a locais de pesca e cultivo. A falta de água para abastecimento e consumo básico também é uma preocupação crescente.
A Situação na Marina do Davi
Um dos principais pontos de partida para passeios turísticos na região. A Marina do Davi, localizada no bairro da Ponta Negra, encontra-se em uma situação crítica. As águas do Rio Negro, que costumavam cercar a marina, recuaram significativamente, deixando as embarcações encalhadas em um solo que se transformou em um deserto de lama.
Proprietários de embarcações e trabalhadores da marina estão enfrentando dificuldades financeiras, com muitos deles incapazes de gerar qualquer renda durante essa crise. Os prejuízos materiais também são expressivos, pois as embarcações enfrentam riscos de danos permanentes devido à exposição prolongada ao sol e à falta de água para sua manutenção adequada.
Tanto o Poder Executivo Municipal e quanto o Estadual estão mobilizando esforços para ajudar os afetados pela estiagem. Programas de ajuda financeira e suporte técnico estão sendo planejados para mitigar os impactos econômicos e sociais nas comunidades e no setor de turismo.
A seca dos rios no Amazonas é um lembrete poderoso da vulnerabilidade das regiões costeiras e da importância de medidas globais para enfrentar as mudanças climáticas. Enquanto isso, as comunidades e o setor de turismo do Amazonas continuam a enfrentar desafios significativos, esperando por tempos e águas mais altas.