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estudantes pedem melhorias após denúncias de precarização e racismo


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Por Manuela Amaral

O campus Perdizes da PUC-SP, na Zona Oeste da capital paulista, está ocupado por estudantes de diversos cursos desde a noite da última quarta-feira (21). Eles protestam contra os casos de racismo ocorridos na universidade, “racismo acadêmico, precarização das condições de permanência estudantil” e situações consideradas por eles insalubres, como a aparição de um rato no restaurante.

“A mobilização, liderada por Coletivos e Centros Acadêmicos, denuncia a negligência estrutural da universidade e o silenciamento diante de violências e opressões cotidianas que atravessam classe, raça e gênero”, diz nota assinada por quatro coletivos estudantis da universidade.

Em entrevista ao ICL Notícias, os estudantes denunciaram também casos de racismo por parte de colegas e docentes da instituição. De acordo com os estudantes, uma pasta com uma série de episódios está sendo construída para apresentar à universidade. Alguns casos, segundo eles, já são conhecidos pela reitoria.

No conjunto de reivindicações, o grupo pede à PUC a inclusão de formação antirracista obrigatória no currículo, um canal de denúncia para casos de racismo, cotas para pessoas trans, ampliação para duas refeições gratuitas a bolsistas, congelamento ou redução das mensalidades e ampliação de bolsas estudantis.

estudantes protestam na PUC-SP

Um dos representantes do Coletivo Saravá, identificado como Barboza, disse ao ICL Notícias que “as aulas são feitas muitas vezes às custas das nossas experiências, às custas das vivências das nossas comunidades, mas agora estamos protestando. (…) Nós paramos de ser bons para o marketing da faculdade”.

O estudante denunciou que os manifestantes não têm conseguido uma conversa formal com a reitoria – contato que, segundo ele, só a imprensa obteve -, uma vez que a proposta apresentada para diálogo foi feita em horário considerado desmobilizado, o que atrapalharia a organização da greve.

“A gente luta por uma universidade popular. Lutamos por uma universidade travesti. A gente luta por uma universidade preta. Porque a PUC, por mais progressista e de esquerda, segue reproduzindo muitas ferramentas de violência hegemônica”, relatou o estudante de psicologia.

Estudantes denunciam dia a dia na PUC-SP

Uma parte do teto do prédio mais antigo da universidade caiu na última semana, abrindo um pedaço do chão. O episódio ocorreu durante a assembleia dos estudantes na última segunda (19).

Na quarta-feira, um rato foi filmado em uma mesa do bandejão da faculdade. Na gravação, é possível ver que o animal se aproxima de alguns suportes de guardanapos.

As medidas anunciadas pela PUC-SP, após o ocorrido, foram a interdição do restaurante universitário e a entrega das refeições no formato de marmitas.

Em entrevista à reportagem, o representante do coletivo de estudantes relatou ainda que considera o ensino da PUC “mercadoria voltada para o lucro, priorizando o custo-benefício da instituição, em detrimento da qualidade e do cuidado com as pessoas”.

Nota de PUC-SP

A nova Reitoria da PUC-SP está e sempre esteve aberta ao diálogo com todos os alunos.

Embora as pautas levantadas sejam de relevo, a manifestação desta quarta-feira envolveu um grupo minoritário de estudantes de cursos do edifício Cardeal Motta.

Os cursos do edifício Reitor Bandeira de Mello, conhecido como prédio novo, continuaram suas aulas sem interrupção.

A PUC-SP abrirá normalmente para atividades administrativas e didáticas nesta quinta-feira, oportunidade na qual a Reitoria aguarda os manifestantes para a construção conjunta de avanços.

 

 

*Estagiária sob supervisão de Amanda Prado





Fonte: ICL Notícias

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