GOVERNO FEDERALspot_imgspot_img
28.3 C
Manaus
GOVERNO FEDERALspot_imgspot_img
InícioNotícias do BrasilEx-ministro da Defesa de Bolsonaro começa interrogatório se desculpando com Moraes

Ex-ministro da Defesa de Bolsonaro começa interrogatório se desculpando com Moraes


ouça este conteúdo

00:00 / 00:00

1x

Por Juliana Dal Piva, Igor Mello e Gabriel Gomes

O Supremo Tribunal Federal (STF) interroga, nesta terça-feira (10), réus do “núcleo 1” da ação que apura a tentativa de golpe de Estado em 2022. O ex-ministro da Defesa do governo Bolsonaro, general Paulo Sérgio Nogueira, é o penúltimo a depor. Depois, será a vez do ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto.

Paulo Sérgio abriu o seu depoimento se retratando com Moraes por ataques em reunião ministerial: “Eu queria me desculpar publicamente por ter feito essas colocações naquele dia”.

Moraes leu declarações do ex-ministro da Defesa durante uma reunião ministerial de dezembro de 2022. Na ocasião, Nogueira tinha acabado de assumir a pasta. O ministro leu a declaração do interrogado durante a reunião: “O senhor diz: ‘O TSE ele tem um sistema e o controle do processo eleitoral, então, como disse o presidente, eles decidem aquilo que possa interessar ou não. E não tem instância superior, e a gente fica meio que de mãos atadas esperando a boa vontade dele’”.

STF

Paulo Sérgio abriu o seu depoimento se retratando com Moraes por ataques em reunião ministerial. (Foto: Fellipe Sampaio/STF)

Nogueira defendeu que não existe uma minuta sobre supostas fraudes nas urnas, e que nunca tomou conhecimento ou recebeu o documento. “Simplesmente esse documento até hoje eu não sei do que se trata”.

Ele também negou que tenha despachado relatório sobre o sistema eleitoral com o Bolsonaro. “Não houve reunião, não levei o relatório para o presidente assinar. O presidente da República jamais me pressionou”, declarou.

Pela primeira vez, defesa do general Paulo Sérgio entrou em conflito com a de Bolsonaro. Ele desmentiu o ex-presidente sobre a apresentação do relatório de fiscalização eleitoral feito pelas Forças Armadas. “Me perdoe, meu presidente Bolsonaro: quando ele disse e o próprio almirante Garnier diz hoje que nós despachamos com ele [Bolsonaro] esse relatório. Eu não despachei esse relatório com ninguém!”.

Paulo Sergio admitiu a reunião do dia 14 de dezembro de 2022 e também que o brigadeiro Baptista Jr estava muito irritado e deixou a reunião. Ele, porém, não confirmou a apresentação da minuta golpista.

No depoimento, Paulo Sérgio disse  que no telefonema em Bolsonaro pediu que ele recebesse Walter Delgatti no Ministério da Defesa, o presidente disse que o visitante se tratava de um técnico em TI, e não de um hacker. O general afirmou que Delgatti não ficou mais de 15 minutos no Ministério da Defesa. E relatou que repreendeu o coronel Marcelo Câmara, assessor de Bolsonaro que levou Delgatti até o local.

Após ser questionado, Paulo Sérgio afirmou que ele e Freire Gomes saíram “preocupadíssimos” da reunião de 7 de dezembro, onde Bolsonaro apresentou a minuta do golpe. Ele disse que alertou o presidente da gravidade de medidas como o estado de sítio ou o de defesa.

Paulo Sérgio subiu o tom ao falar da reunião de 14 de dezembro de 2022, onde a minuta golpista teria sido discutida com os chefes militares pela última vez. O general disse que não era garoto de recados de Bolsonaro e que o encontro ocorreu por iniciativa dele: “Me lembro como se fosse hoje. Eu disse: ‘Presidente, não se fala mais isso, homem’.

“A reunião do dia 14 foi exatamente pra encerrar o assunto e não se tocar mais nessa questão, comandante”, disse o general Paulo Sérgio, cometendo a gafe de chamar Moraes de comandante.

STF está na fase da instrução criminal

Ao todo, a PGR denunciou 26 pessoas por envolvimento na trama golpista, que foram divididas em três grupos distintos conforme suas atividades. No caso do núcleo de Bolsonaro, as acusações são:

  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • Tentativa de golpe de Estado
  • Participação em organização criminosa armada
  • Dano qualificado
  • Deterioração de patrimônio tombado

Os interrogatórios fazem parte da etapa de instrução criminal – etapa em que a defesa e a acusação trabalham para a produção de provas. Ao fim das oitivas, as partes deverão apresentar suas alegações finais e o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, preparará o relatório final para o julgamento.

 





Fonte: ICL Notícias

- Patrocinado -spot_imgspot_img

Últimos artigos

R6 News Mais

- GOVERNO FEDERAL -spot_imgspot_img

R6 NEWS

STF mantém denúncia contra Rogério de Andrade e bicheiro seguirá preso

O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta terça-feira (10) o pedido da defesa do bicheiro Rogério Andrade para...

Solana, Litecoin, XRP e outras; especialistas revelam chances de aprovação de novos ETFs

Eric Balchunas e James Seyffart, especialistas da Bloomberg em ETFs, estão prevendo um “verão das altcoins” em 2025. Isso porque os analistas acreditam...
spot_imgspot_img
×

Olá, venha fazer parte do grupo mais informativo de Manaus.

Entrar no Grupo