Convidado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado Federal, o presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Muricca Galípolo, compareceu em plenário nesta terça-feira (22) para tratar da agenda do regulador, além do cenário brasileiro na economia.
E disponibilizada pelo Banco Central do Brasil, Galípolo levou uma apresentação que não chegou a apresentar aos senadores, mas que chama atenção para os planos futuros da autarquia.
Isso porque, o Drex, a versão do Real digital, está tratada no material a que o Livecoins obteve acesso como um projeto prioritário.
Drex é um dos projetos de prioridade para os próximos anos, inclusive como ferramenta de redução de custo de capital
Em resposta aos senadores, Gabriel Galípolo destacou que o Drex, Pix Parcelado, entre outras ferramentas em criação pelo banco central podem ajudar nos próximos anos a reduzir o custo de capital no Brasil.
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“O que a gente pode fazer para reduzir o custo de capital né, para as pessoas né, o custo de juros e tá entre os cinco pilares principais que a gente tá colocando aqui como como objetivos centrais pros próximos anos do Banco Central, justamente as medidas que estão sendo apresentadas envolvem desde mudanças legais que permitem a gente aumentar processos de garantia e colateralização até inovações tecnológicas como é o caso do Pix em garantia, ou o Pix parcelado, ou até o Drex. Eu realmente acredito que a melhor solução que a gente tem para apresentar sempre é, ao invés de privar o cidadão de algo que ele já tá utilizando hoje, que vai causar dor, é você tentar oferecer alternativas mais competitivas“, disse o presidente do BCB.
Para tentar acalmar os mais críticos do projeto, Galípolo também disse que o Drex não é uma moeda digital como pensada na Europa. Assim, explicou que é uma infraestrutura que permite tokenização e coleteralização por meio de contratos inteligentes, que no futuro pode baratear o custo de crédito.
Apesar de apresentação prometer prioridade, Drex passa sem grande destaque nos debates
A reunião de Galípolo na CAE deve ocorrer pelo menos em quatro ocasiões anuais, sendo uma em fevereiro, outra em abril e depois julho e outubro. Assim, os deputados mantém a expectativa de acompanhar de perto os desenvolvimentos do Banco Central, além de sua agenda.
Um dos temas que mais tomou conta da nova reunião então foi o da inflação no Brasil, visto que o BCB aumentou a taxa de juros pela quinta vez consecutiva, para os atuais 14,25%. Muitos senadores criticaram a atual alta dos juros, alegando que o país perde oportunidades e sufoca as pessoas mais pobres.
Já na oposição, um senador disse que o Governo Lula não consegue manter a inflação sob controle, e que os dados estão muito longes do que sugerem o Boletim Focus.
Desta forma, apesar de o Drex ser uma agenda prioritária do banco central, o debate não ganhou tanto espaço na nova reunião pública.
Fonte: Livecoins