ouça este conteúdo
00:00 / 00:00
1x
A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, presidida por Hugo Motta (Republicanos – PB) apresentou um projeto de lei que autoriza parlamentares a acumularem a aposentadoria de ex-deputados federais com o salário de qualquer mandato eletivo, seja no Congresso, nas assembleias estaduais, nas câmaras municipais ou no Executivo. A medida revoga um trecho da lei de 1997 que instituiu o atual regime previdenciário dos congressistas.
Atualmente, um deputado que opta por se aposentar precisa abrir mão do salário de R$ 46.366,19 ou da própria aposentadoria, que pode superar esse valor, dependendo do tempo de contribuição. Segundo o novo entedimento da Mesa Diretora da Câmara, essa vedação representa uma “restrição incompatível com os princípios constitucionais da isonomia e da legalidade” e perpetua uma “discriminação indevida”.
O projeto é assinado por representantes de cinco dos maiores partidos da Câmara: Republicanos, PT, PL, União Brasil, PP e PSD. Boa parte desses partidos têm cobrado do governo federal cortes de despesas e prometido barrar aumentos de impostos. Apenas o representante do MDB na Mesa Diretora não assinou o projeto.
Nesta mesma quarta-feira, a federação União-PP — que reúne 109 deputados — anunciou que votará contra qualquer proposta que eleve a carga tributária. O presidente do União Brasil, Antônio Rueda, afirmou que “taxar, taxar, taxar não pode e nunca será a saída”.
União-PP, que reúne 109 deputados, anunciou que votará contra qualquer proposta que eleve a carga tributária.
Proposta de Motta
Se aprovado, o projeto permitirá que parlamentares atualmente no exercício do mandato e já aptos à aposentadoria passem a receber ambos os pagamentos. Também poderá beneficiar prefeitos, vereadores e deputados estaduais que já foram deputados federais.
A proposta também institui o pagamento de gratificação natalina (13º salário) aos aposentados e pensionistas do regime de previdência do Congresso. O projeto não apresenta estimativa de impacto fiscal, embora seja evidente que resultará em aumento de gastos.
A proposta foi protocolada em regime de urgência e já havia movimentação para tentar votá-la ainda na quarta-feira (11), sem que o texto tivesse sido pautado previamente.
Fonte: ICL Notícias