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O Ibovespa emplacou a terceira alta consecutiva nesta quarta-feira (0,49%), encerrando aos 137.799,74 pontos, mas o avanço técnico contrasta com um ambiente político e fiscal ainda turbulento.
O rali recente, o primeiro em duas semanas com três pregões positivos, ocorre em meio a uma relação desgastada entre Executivo e Legislativo, e a incertezas sobre medidas para compensar perdas de arrecadação.
O governo editou Medida Provisória para reequilibrar as contas após a redução do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), prevendo arrecadação de R$ 10 bilhões em 2025. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a correção de distorções tributárias, mas enfrenta resistência no Congresso. Hugo Motta, presidente da Comissão de Orçamento, afirmou que “o clima não é favorável ao aumento de impostos”.
A tensão política chega às vésperas da votação sobre a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil — uma das prioridades do Planalto —, que pode ser adiada devido ao feriado de Corpus Christi.
Já o dólar subiu 0,07% frente ao real, cotado a R$ 5,542. Já os juros futuros oscilaram.
No mercado corporativo, destaque para Petrobras, que subiu 2,25% apesar da queda do petróleo no exterior. A Vale, por sua vez, recuou.
Mercado externo
Nos EUA, indicadores de inflação ao produtor vieram abaixo do esperado, reforçando expectativas de corte de juros. Com isso, as bolsas de Nova York fecharam em alta. Apesar disso, o clima por lá também é instável: o presidente Donald Trump disse que “talvez tenha que forçar algo” sobre a política de juros, mesmo afirmando que não demitirá Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense).
O Dow Jones subiu 0,20%, aos 42.951,26 pontos; o S&P 500, +0,38%, aos 6.045,23 pontos; o Nasdaq, +0,24%, aos 19.662,49 pontos.
Fonte: ICL Notícias