Após um dia de alívio, o Ibovespa voltou ao campo negativo nesta quarta-feira (4), encerrando o pregão com baixa de 0,40%, aos 137.001 pontos. O recuo de 544 pontos reflete a instabilidade dos investidores frente a sinais mistos no cenário externo e pressões internas sobre empresas de peso.

Nos Estados Unidos, o relatório ADP de criação de empregos privados veio abaixo do esperado e acendeu um alerta sobre a saúde do mercado de trabalho. Apesar disso, os índices em Nova York reagiram com relativa estabilidade. Analistas atribuíram a cautela à expectativa com o payroll oficial, a ser divulgado na sexta-feira (6).

No Brasil, o dólar comercial interrompeu a sequência de quedas e subiu 0,17%, cotado a R$ 5,645. Os juros futuros encerraram o dia sem direção única.

O tombo das ações da Petrobras (-2,75%) e de bancos, especialmente do Banco do Brasil (-2,74%), pesou sobre o Ibovespa. No setor de commodities, a Vale avançou 0,46%, mas não o suficiente para reverter a tendência negativa.

No campo político, a visita do presidente Lula à França ocorre em meio a indefinições fiscais e preocupações globais com a escalada de tensões na guerra da Ucrânia.

Hoje, pesquisa Quaest, encomendada pela Genial, mostra que a desaprovação do governo Lula atingiu o seu pior patamar desde o início do governo. O levantamento mostra que 57% dos brasileiros desaprovam a gestão petista, 40% aprovam e 3% não sabem ou não responderam. A diferença entre a avaliação positiva e negativa é de 17 pontos percentuais.

Outro destaque do dia foi que o Banco Central lançou o Pix Automático, com a promessa de que a nova ferramenta vai beneficiar 60 milhões de brasileiros sem cartão de crédito.

Mercado externo

Os indicadores de Wall Street fecharam mistos hoje, com os investidores repercutindo o relatório de empregos privados ADP, enquanto monitoram os novos capitulos da guerra de tarifas de Donald Trump.

O Dow Jones caiu 0,22%, aos 42.427,92 pontos. O S&P 500, 0,01%, aos 5.970,81 pontos. E o Nasdaq,
+0,32%, aos 19.460,49 pontos.