Um investidor não profissional brasileiro de criptomoedas procura uma empresa que sumiu após prometer a ele um rendimento de 35% ao mês associado com a imagem do bitcoin. Como a empresa não tem uma sede mais, ele conseguiu na justiça uma citação via edital público.
O caso que tramita na 1ª Vara Criminal da Comarca de Taboão da Serra em São Paulo começou após o investidor perder o contato com a empresa. Para a justiça, ele alega que conheceu o negócio por meio do seu irmão, que já investia na empresa B&C Operações Ltda.
“Segundo apurado, a vítima recebeu indicação de seu irmão sobre a empresa B&C Operações Ltda, que prestava serviços especializados em assessoramento comercial de intermediação trading de operações no mercado financeiro, visando aquisição de criptomoedas conhecidas como bitcoins. A vítima compareceu à sede da empresa e celebrou o contrato de investimento, realizando uma transferência bancária no valor de R$ 18.000,00 (dezoito mil reais) para o Banco Santander, agência 0347, conta 00013003104-6, de titularidade da B&C Operações Ltda, conforme comprovante de transferência, sob a promessa de lucros mensais de 35% sobre o valor investido“, diz trecho do edital público.
Fundada por Bruno Santana de Melo e Cristiane da Silva, a empresa mantinha sua sede em Embu das Artes (SP). Na justiça paulista, cerca de 100 processos movidos por investidores tentam reaver valores perdidos com a falsa empresa de investimentos.
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Investidor alega que perdeu R$ 18 mil após empresa prometer 35% ao mês com bitcoin
Nos últimos anos as pirâmides financeiras assolaram vários investidores no Brasil, principalmente iniciantes do mercado de criptomoedas. Sem conhecimento prévio sobre o assunto, muitos acreditaram na possibilidade de rendimentos fixos ao mês.
Com 35% ao mês, a empresa B&C Operações foi uma que atraiu dezenas de clientes, mas hoje responde a processos ligados a estelionato, artigo 171 do Código Penal.
No caso mais recente, o investidor Carlos conseguiu a citação da empresa via edital, que deu 15 dias para que seus sócios se manifestem na ação criminal, sob pena de revelia.
Vale o destaque que após investir na empresa sumida, o investidor chegou a visitar a sede, quando recebeu a informação que seus sócios haviam encerrado suas operações.
Pirâmides financeiras ainda assombram suas vítimas, mesmo com diminuição de novos casos
Após um período de grandes pirâmides financeiras operando no mercado de criptomoedas, operações policiais encerraram os principais negócios e deram exemplo de combate aos crimes. Assim, nos últimos anos os casos de novas fraudes diminuíram.
Contudo, as vítimas de antigos negócios fraudulentos seguem acionando a justiça em busca de uma solução. Clientes da Atlas Quantum, GAS, Braiscompany, entre outras mais seguem sem reaver seus investimentos, assombrando antigas vítimas que confiaram em rendimentos fixos ao mês.
Fonte: Livecoins