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InícioBrasil e MundoJuros elevados devem trazer desaceleração para próximas leituras do PIB

Juros elevados devem trazer desaceleração para próximas leituras do PIB


O crescimento de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2025 surpreendeu parte do mercado pela resiliência da economia brasileira, mesmo diante de um cenário de juros altos, mas a expectativa é que haja desaceleração nas próximas leituras.

À CNN, economistas afirmaram que a elevação menor da atividade econômica deve passar pelo peso da política monetária contracionista no mercado de trabalho e no setor de serviços, que ainda têm se mostrado firmes pelos dados divulgados recentemente.

“Estamos sentindo um aperto restritivo neste momento, depois que ultrapassamos o juro neutro. Nós vamos ver muito provavelmente um segundo trimestre mais fraco e, possivelmente, um quarto trimestre negativo”, afirmou o economista-chefe da Way Investimentos, Alexandre Espírito Santo.

A política monetária leva, em média, de 6 a 9 meses para fazer efeito — o que, portanto, torna natural que haja defasagem nos indicadores. Dessa forma, os economistas dizem que o momento é de migração para uma atividade econômica mais restritiva.

“O mercado de trabalho está dando suporte para o consumo, porque o agro, apesar de estar muito forte, não tem um peso tão significativo no PIB. O suporte da economia está vindo pelos serviços e pelo consumo, que muda a partir de agora. Devemos ver uma redução nesse consumo e uma piora no mercado de trabalho”, acrescentou.

Espírito Santo estima o PIB do segundo trimestre próximo a 0,5% e, no último de 2025, leve retração.

Em entrevista ao CNN Money, o ex-secretário da Fazenda de São Paulo e economista-chefe da Warren Investimentos, Felipe Salto, disse que o crédito e a demanda já deveriam ter arrefecido, o que mostra um resultado surpreendente do PIB do 1º trimestre.

“Os dados ainda são muito fortes, todos ainda mostram uma temperatura relativamente elevada. Não tem uma cara de desaceleração forte como a gente já esperava que fosse acontecer nesse início de 2025”, pontuou Salto.

Ainda assim, o caminho para a desaceleração é iminente, na visão do ex-secretário da Fazenda de São Paulo.

“Mas a tendência é que ao longo dos meses deva acontecer essa desaceleração, provavelmente já deve estar acontecendo agora em maio, porque a política monetária está bastante restritiva e isso produz um desestímulo ao crédito, consumo e investimento”, acrescentou.

A economista-chefe do Inter, Rafaela Vitória, destaca que a força da agropecuária deve seguir puxando a economia brasileira na próxima leitura, mas os efeitos da política monetária vão pressionar mais os outros indicadores.

“O desempenho do agro ainda deve contribuir no 2º trimestre, mas esperamos tendência de desaceleração da demanda, tanto nos investimentos como no consumo das famílias”, afirmou.

“A desaceleração da demanda é importante nesse momento para que os juros caiam e o crescimento da oferta, além do agro, possa retomar”, concluiu.

 

 



Fonte: CNN Brasil

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