A justiça federal dos EUA acusa 12 hackers envolvidos com o roubo de mais de R$ 1,4 bilhão em atividades pela internet, valores subtraídos das vítimas por meio de criptomoedas.

Com a nova acusação envolvendo americanos e estrangeiros, a justiça investiga o ato de extorsão cibernética que culminou no roubo de US$ 263 milhões, entre 2023 e março de 2025.

Enquanto duas permanecem em local desconhecido, mas provavelmente Dubai, outras já estão presas e em posse da justiça norte-americana. Os presos estavam no Estado da Califórnia.

Justiça acusa hackers de roubarem criptomoedas por meio da Lei Federal RICO

Em setembro de 2024, Malone Lam foi o primeiro preso pelas investigações ligadas ao crime. Contudo, ele continuou sua operação hacker mesmo atrás das grades, dando comandos aos que estavam em liberdade.

Assim, as novas denúncias contra outras 12 pessoas substitue a acusação contra Lam, mostrando que havia uma organização criminosa por trás das ações. Por conta disso, os hackers estão sendo acusados pela Lei Federal RICO, especializada no combate ao crime organizado e indivíduos ligados a isso.

“De acordo com a acusação substitutiva, o empreendimento começou no máximo em outubro de 2023 e continuou até março de 2025. Ele cresceu a partir de amizades desenvolvidas em plataformas de jogos online. Os membros da empresa tinham diferentes responsabilidades. As diversas funções incluíam hackers de banco de dados, organizadores, identificadores de alvos, autores de chamadas, lavadores de dinheiro e ladrões residenciais que tinham como alvo carteiras de moedas virtuais de hardware“, disse a justiça dos EUA.

Só uma vítima em agosto de 2024 perdeu 4.100 Bitcoins, equivalente a 230 milhões de dólares.

Além disso, os hackers ostentavam uma vida de luxo com o fruto de seus crimes, comprando veículos de luxo e até alugando mansões e boates por US$ 500 mil por noite.

Jatos particulares, seguranças privados, entre outros mais também estavam entre os pagamentos realizados com o dinheiro roubado.

Inocentes ainda, mas investigação mostra que autoridades sofisticaram combate a crimes com criptomoedas

Na fase de acusações pela justiça, os suspeitos ainda devem ser tratados como inocentes, até o julgamento final. Se culpados, eles podem receber uma pena por vários crimes ligados ao caso.

As investigações contaram com apoio do FBI, da Receita Federal dos EUA e o escritório de promotoria pública.

“Uma acusação é meramente uma alegação e todos os réus são presumidos inocentes até que sua culpa seja provada além de qualquer dúvida razoável em um tribunal“, finalizou a justiça.

O caso mostra que os hackers se utilizaram de várias ferramentas para anonimizar suas transações. Mixers de criptomoedas, carteiras de passagem, entre outras técnicas empregadas tentavam afastar qualquer relação dos criminosos com o dinheiro roubado. Mesmo assim, as autoridades identificaram vários participantes e o caso agora pode lhes render vários anos de prisão.