Jhualisson Veiga – Portal R6 News
Uma densa nuvem de fumaça voltou a cobrir Manaus na manhã desta quinta-feira (28/09), causando preocupações crescentes entre a população, especialmente aqueles com condições respiratórias preexistentes. Mãe de um filho que sofre de asma, Juaneide Campos, expressou sua angústia em relação à situação, enquanto autoridades apontam para um aumento alarmante nas queimadas nos arredores da cidade nos últimos dias.
Juaneide Campos, moradora do bairro Petrópolis, não conseguiu esconder sua preocupação enquanto observava seu filho, João Vitor Campos, de 14 anos, que sofre de asma. “Essa fumaça torna a vida ainda mais difícil pro João. Ele já tem problemas para respirar em dias normais, mas com essa fumaça densa, é ainda pior. Estou realmente preocupada com sua saúde“, disse Juaneide.
As autoridades locais relataram um aumento nas queimadas nos arredores de Manaus nos últimos dias. De acordo com dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o número de focos de incêndio na região metropolitana aumentou significativamente nas últimas duas semanas. Isso está diretamente relacionado ao aumento das condições de tempo seco na região, que torna a área mais suscetível a incêndios.
O Corpo de Bombeiros de Manaus está mobilizado para conter as chamas e reduzir os efeitos das queimadas. No entanto, o desafio é enorme, pois a extensão das áreas afetadas é significativa. Além disso, as autoridades estão monitorando de perto a qualidade do ar.
Através da plataforma Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva), podemos observar que a qualidade do ar na maioria da cidade está atualmente registrando níveis considerados “ruins“. As áreas mais afetadas incluem o Centro de Manaus, bem como os bairros Aparecida, Adrianópolis e Aleixo, conforme indicado pelo sistema. Nestas regiões, a qualidade do ar é categorizada como “péssima“, com uma concentração de MP2,5 acima de 200.
A população de Manaus está unida em sua esperança de que as ações das autoridades e as condições climáticas mais projetadas possam ajudar a aliviar a situação nas próximas semanas. Enquanto isso, os moradores continuam a se adaptar à difícil realidade de acordar em uma cidade coberta pela fumaça, na esperança de que a saúde de todos seja preservada.