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Esta quarta-feira (28) promete ser um marco para os mercados globais, com os investidores dividindo suas atenções entre os resultados trimestrais da Nvidia e a ata da mais recente reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense).
A gigante da inteligência artificial é aguardada com grande expectativa, sobretudo por conta dos possíveis impactos das restrições tecnológicas dos Estados Unidos à China em seus lucros. Analistas projetam um lucro ajustado por ação de US$ 0,88 e receita de US$ 43,3 bilhões.
Ao mesmo tempo, os índices futuros de Nova York operam em queda, refletindo a cautela do mercado diante do conteúdo da ata do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto do Fed), que será divulgada às 16h. O documento pode trazer sinais sobre os próximos movimentos da autoridade monetária norte-americana em um cenário de incertezas econômicas persistentes.
No Brasil, o foco estará na divulgação de uma série de indicadores que traçam um retrato abrangente da economia. Pela manhã, sai a confiança da indústria de maio; à tarde, o fluxo cambial semanal, os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de abril e o relatório da dívida pública — todos relevantes para medir o ritmo da atividade econômica, o mercado de trabalho e a sustentabilidade fiscal do país.
Brasil
O Ibovespa fechou a terça-feira (27) com alta de 1,02%, aos 139.541 pontos, impulsionado pela prévia da inflação (IPCA-15) de maio, que veio abaixo das expectativas e reacendeu o otimismo no mercado. No intraday, o índice renovou sua máxima histórica, atingindo 140.381 pontos.
No câmbio, o dólar comercial caiu 0,53%, a R$ 5,645. Os juros futuros recuaram em toda a curva, refletindo o cenário inflacionário mais benigno.
A prévia da inflação de maio ficou em 0,36%, após taxa de 0,43% registrada em abril. O IPCA-15, divulgado ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), aponta que o maior impacto positivo (0,06 ponto percentual) veio da energia elétrica residencial, que registrou variação de 1,68% influenciada pela mudança na bandeira tarifária.
Europa
As bolsas europeias operam no campo positivo hoje, com investidores digerindo novos dados econômicos da região.
Na Alemanha, os preços de importação recuaram 0,4% em abril na comparação anual, contrariando a expectativa de alta de 0,2%, segundo dados divulgados nesta manhã pelo Departamento Federal de Estatística.
STOXX 600: +0,14%
DAX (Alemanha): +0,34%
FTSE 100 (Reino Unido): +0,19%
CAC 40 (França): +0,30%
FTSE MIB (Itália): +0,74%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA recuam hoje, com os agentes atentos à divulgação da ata da última reunião do Fed e aos resultados da gigante de IA (Inteligência Artificial) Nvidia.
Dow Jones Futuro: -0,19%
S&P 500 Futuro: -0,15%
Nasdaq Futuro: -0,13%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa hoje, na contramão de Wall Street e reagindo a dados locais.
Shanghai SE (China), -0,02%
Nikkei (Japão): 0,00%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,53%
Kospi (Coreia do Sul): +1,25%
ASX 200 (Austrália): -0,13%
Petróleo
Os preços do petróleo sobem, com uma reunião da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) no radar dos traders para abordar potenciais problemas de abastecimento.
Petróleo WTI, +0,23%, a US$ 61,03 o barril
Petróleo Brent, +0,17%, a US$ 64,20 o barril
Agenda
Nos EUA, os agentes estarão atentos à divulgação da ata da última reunião do Fed e aos dados da Nvidia.
Por aqui, no Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve se reunir nesta quarta-feira com senadores e banqueiros para discutir o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), anunciado na semana passada. A agenda ainda não foi oficialmente confirmada, mas está sendo articulada pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner ( PT-BA).
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg
Fonte: ICL Notícias