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Os mercados globais começam esta sexta-feira (13) em trajetória negativa, refletindo a tensão geopolítica após Israel atacar instalações nucleares iranianas. O episódio, que marca um novo nível de escalada entre os dois países, provocou forte alta nos preços do petróleo — que chegou a subir 13% — e elevou a busca por ativos considerados seguros, como o ouro.
Israel afirmou que a operação continuará até que a ameaça iraniana seja neutralizada, enquanto Teerã prometeu uma retaliação severa. A ofensiva ocorre após o Irã anunciar uma nova instalação de enriquecimento de urânio, em resposta à censura internacional sobre seu programa nuclear.
O mercado monitora ainda a divulgação de indicadores econômicos no Brasil e nos EUA.
Por aqui, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda divulga estudo sobre impactos da reforma do Imposto de Renda da Pessoa Física, enquanto o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o indicador de Serviços.
Na próxima semana, o foco se volta ao Federal Reserve, que anuncia sua decisão sobre os juros na quarta-feira (19). A previsão é de manutenção das taxas, mas os investidores esperam pistas sobre os próximos movimentos da política monetária norte-americana.
Brasil
O Ibovespa emplacou a terceira alta consecutiva na quarta-feira (0,49%), encerrando aos 137.799,74 pontos, mas o avanço técnico contrasta com um ambiente político e fiscal ainda turbulento.
O rali recente, o primeiro em duas semanas com três pregões positivos, ocorre em meio a uma relação desgastada entre Executivo e Legislativo, e a incertezas sobre medidas para compensar perdas de arrecadação.
O governo editou Medida Provisória para reequilibrar as contas após a redução do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), prevendo arrecadação de R$ 10 bilhões em 2025. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a correção de distorções tributárias, mas enfrenta resistência no Congresso. Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, afirmou que “o clima não é favorável ao aumento de impostos”.
Já o dólar subiu 0,07% frente ao real, cotado a R$ 5,542. Já os juros futuros oscilaram.
Europa
As bolsas europeias caem hoje, com os agentes reagindo à escalada do conflito no Oriente Médio. Israel atacou o Irã alegando como alvo o programa nuclear do Irã. O ataque pegou os mercados de surpresa.
STOXX 600: -0,57%
DAX (Alemanha): -0,94%
FTSE 100 (Reino Unido): -0,33%
CAC 40 (França): -0,69%
FTSE MIB (Itália): -1,24%
Estados Unidos
Os índices futuros de Nova York recuam hoje, com os investidores repercutindo o ataque de Israel ao Irã, enquanto aguardam a leitura preliminar de junho do relatório de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan.
Dow Jones Futuro: -1,08%
S&P 500 Futuro: -1,10%
Nasdaq Futuro: -1,38%
Ásia
Os mercados asiáticos também fecharam em baixa nesta sexta, após o ataque de Israel ao Irã, que prometeu retaliar.
Shanghai SE (China), -0,75%
Nikkei (Japão): -0,89%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,59%
Kospi (Coreia do Sul): -0,87%
ASX 200 (Austrália): -0,21%
Petróleo
Os preços do petróleo sobem forte, depois que Israel lançou ataques aéreos contra o Irã, gerando preocupações sobre as perspectivas de fornecimento na região do Oriente Médio, rica em petróleo.
Petróleo WTI, +6,54%, a US$ 72,49 o barril
Petróleo Brent, +6,34%, a US$ 73,76 o barril
Agenda
Nos EUA, serão divulgados os dados da confiança do consumidor da Universidade de Michigan.
Por aqui, no Brasil, a AGU (Advocacia-Geral da União) acionou o STF (Supremo Tribunal Federal) para que os ressarcimentos de descontos fraudulentos em benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) fiquem fora da meta fiscal e do arcabouço. A medida quer abrir crédito extraordinário para agilizar as devoluções sem comprometer o orçamento. O governo também pediu a suspensão de ações judiciais contra a União e o INSS sobre o tema. A AGU alerta para o risco de “litigância de massa” com decisões divergentes que podem afetar a estabilidade financeira. Em alguns casos, a Justiça tem determinado ressarcimento em dobro. A ação pede ainda a suspensão da prescrição dos pedidos de indenização. A fraude é investigada pela PF (Polícia Federal) e a CGU (Controladoria-Geral da União).
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg
Fonte: ICL Notícias