Duas entre as maiores religiões monoteístas do mundo, o judaísmo e cristianismo se uniram, neste domingo, 15/10, em orações pela paz no Oriente Médio durante os cultos do MIR Centro-Sul, em Manaus. Descendentes e nativos do Líbano, Síria, Israel e África clamaram pelo fim dos combates envolvendo israelenses e os terroristas ligados ao Hamas, na Faixa de Gaza, há mais de uma semana.
O presidente da igreja, o apóstolo Arão Amazonas explicou para a congregação que o Hamas não busca conquistar o território de Israel e, sim “destruir” o povo judeu. “Mas, isso não vai acontecer, porque historicamente o povo de Deus jamais foi vencido”, argumentou.
Ele também chamou a atenção para o fato de que os rumores de guerra são um alerta para a igreja e um prenúncio sobre o fim do mundo. “Pois quando grupos terroristas se levantam, eles não expressam ódio apenas por judeus, mas também por cristãos. Eu e você estamos na mira deles, porém nós temos que ter um olhar de intercessão e, não de angústia. O fim está próximo”, alertou o apóstolo.
E, foram as guerras que fizeram a médica libanesa, Montaha Jasserand se transferir para o Brasil como forma de fugir da opressão imposta pelos terroristas do Hezbollah, outro movimento de combate à presença de Israel no Oriente Médio. “Nunca aceitei esses conflitos. Somos filhos de Abraão, somos irmãos e, precisamos da paz. A guerra não é boa para ninguém”, ponderou a dermatologista presente ao culto.
Já a descendente de judeus, Margarita Caplan contou, durante as orações, que a “perda” e “usurpação” são sentimentos muito profundos entre o seu povo em períodos de guerras. “Ainda mais quando alguém toca, rouba e invade a nossa família, um bem que se vela e preserva com todo o carinho”, justificou ao sustentar que “é uma ilusão achar que Israel vai se acabar. Isso não vai acontecer, porque aquele país está dentro de cada um de nós (judeus)”.