Um levantamento divulgado pelo Fiocruz indica que, até o mês de abril, já foram registrados mais de 31 mil casos suspeitos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país.
De acordo com as informações, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), o rinovírus e o SARS-CoV-2 (Covid-19) são os principais responsáveis pelas evoluções agudas nos adultos e tendem a piorar com a chegada do inverno.
“A síndrome respiratória aguda grave ocorre quando o paciente tem uma piora considerável dos sintomas respiratórios causados por agentes infecciosos. Por exemplo, se em uma virose são comuns tosse leve, coriza e cansaço, em um cenário de SRAG já estão presentes a falta de ar constante e a saturação de oxigênio em queda. Abaixo de 95% já é considerada uma saturação muito baixa”, explicou Márcia Garnica, infectologista do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN), da Rede Américas.
Ainda há casos em que o paciente não foi tratado de maneira correta e podem evoluir para SRAG, causados pela influenza A e B, Covid-19, VSR, rinovírus, adenovírus e parainfluenza. Os sintomas mais comuns incluem tosse persistente, dificuldade para respirar, febre, chiado no peito e cansaço excessivo e, em casos ainda mais graves, insuficiência respiratória, levando o paciente à entubação.
“Entre as crianças abaixo dos 2 anos, o maior risco para SRAG está nas infecções pelos vírus da influenza e pelo vírus sincicial respiratório. Hoje, o VSR representa até 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias em crianças nessa faixa etária”, detalha Christine Tamar, coordenadora da pediatria do CHN. “Também observamos uma influência considerável do rinovírus entre pacientes entre 5 e 14 anos”, pondera.
Para combater o aumento de casos da síndrome, a fundação apontou estratégias como a imunização por meio das vacinas contra a gripe, da Covid-19 e do VSR, além da forma de proteger os bebês contra o VSR é por meio de anticorpos monoclonais – como o lançado no início de 2025 e disponível nas empresas privadas de vacinação.
O paciente deve ser encaminhado para atendimento médico em caso de identificação de sintomas respiratórios.
“Quanto mais cedo o vírus causador da doença respiratória for tratado, menos chances o paciente terá de desenvolver a síndrome respiratória em sua forma mais grave”, concluiu Christine.
Fonte: CNN Brasil