Um estudo liderado por John Vidale, da Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos, apontam que o núcleo interno do planeta está diminuindo sua velocidade de rotação da Terra e pode começar a girar no sentido inverso.
Para quem não sabe, a esfera sólida presente a mais de cinco mil quilômetros de profundidade no núcleo e é de metal.
Descoberto pela sismóloga dinamarquesa Inge Lehmann em 1936, o núcleo interno sempre foi considerado uma estrutura estável. No entanto, o estudo atual revela que sua rotação não é constante e está experimentando uma desaceleração significativa.
Rotação da Terra girou mais rápido
A inacessibilidade direta ao núcleo interno da Terra torna seu estudo um desafio para os cientistas. Atualmente, eles se baseiam na análise de ondas sísmicas geradas por grandes terremotos para entender sua rotação.
Segundo a professora de Ciências Físicas da Universidade Cook, Lauren Waszek, a ideia de rotação diferencial do núcleo interno surgiu nas décadas de 1970 e 1980. No entanto, a interpretação desses dados permanece em debate devido às limitações na observação e coleta de dados precisos.
Um recente estudo revelou que as mudanças na velocidade de rotação do núcleo interno seguem um ciclo de aproximadamente 70 anos. Apesar disso, os cientistas ainda não estão convencidos de que o debate tenha chegado ao fim. Ainda restam perguntas sobre o que pode causar o fim da desaceleração do núcleo interno e como isso afetará o planeta.
Estudo do núcleo interno de rotação da Terra
O campo magnético da Terra é um escudo protetor que protege o planeta da radiação solar mortal. A magnetosfera, uma camada magnética, protege a Terra do vento solar e da radiação cósmica.
Essa região do planeta não é estática; experimenta mudanças e até inversões de polos. Compreender essas mudanças é crucial para nossos sistemas de navegação e para obter pistas sobre a história geológica da Terra.
A pesquisa sobre a rotação do núcleo interno tem o potencial de desvendar como se formou o interior profundo da Terra e como a atividade em todas as camadas subsuperficiais do planeta está interconectada.