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SEM ANISTIA: Golpistas do 8/1 foram violentos, fizeram ação organizada e com tática militar

Para defender a anistia para os golpistas do 8 de Janeiro, que seria estendida ao ex-presidente Jair Bolsonaro, políticos de extrema direita torcem a realidade para tentar transformar vândalos perigosos em manifestantes inofensivos. Com a proximidade da apresentação da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a tentativa de golpe de Estado, essa estratégia bolsonarista se intensificou.

Mas não faltam vídeos, áudios e testemunhos confirmar uma obviedade: o que se viu naquele dia foi na verdade uma ação organizada, com estratégia militar e que fez uso de muita violência.

A mentira de que o grupo de golpistas era formado por senhores e senhoras idosas que não ofereciam qualquer risco às instituições cai por terra quando confrontada com os fatos.

São bastante claros os depoimentos dos policiais que fizeram o possível para resistir à invasão dos prédios dos Três Poderes. Em participação na CPMI do 8/1, em setembro de 2023, a cabo da PM DF Marcela Silva Morais Pinno relatou o embate que teve com vândalos, o que por pouco não lhe custou a própria vida.

Alguns trechos da fala da PM à comissão do Congresso:

  • “(…) Nesse momento eles (os golpistas) nos atacavam com os gradis da própria estrutura que é feita para impedir que os manifestantes tenham acesso ao gramado, com estacas de pau. Inclusive, um coquetel molotov nesse momento alcançou o meu escudo e ele falhou”.
  • Nós fomos jogados, empurrados mesmo, do alto da cúpula. Eu caio de três metros de altura”.
  • “(O ataque no capacete se deu após a queda. Caí, subi aquela lateral do Congresso, quando já estava na N1, que estava passando pelo gradil, que eu fui puxada novamente, estava me defendendo com meu escudo. Nesse momento eles estavam me arrastando pelo escudo. Resolvi soltar o escudo para que eu pudesse me defender melhor. Quando soltei o escudo, tomei um chute e fui jogada no chão. No momento em que eu caí no chão é que eu recebi um golpe com barra de ferro na cabeça”.
  • Quando eu estava no chão sendo agredida com barra de ferro, chutes e socos, eles tentaram retirar minha arma. Eles estavam tentando retirar minha arma. Então, com um braço eu fazia a defesa do meu rosto e com o outro braço eu fazia a retenção do meu armamento”.

Veja o vídeo:

Não há ninguém decente que possa chamar os protagonistas desse ataque relatado pela policial de inofensivos. Só mesmo políticos mal-intencionados, inimigos das instituições, podem tentar amenizar a ação desses golpistas.

A forma organizada como todos se mobilizaram para estar em Brasília naquele dia não deixa dúvida de que havia entre eles profissionais da agitação.

Ao melhor estilo da cartilha terrorista, fizeram ameaças às autoridades e, sem nenhum pudor, não se deram ao trabalho de esconder duas intenções golpistas. Veja no vídeo uma das líderes do acampamento que ficou à frente do QG do Exército, em Brasília:

Anunciada a intenção, o plano foi posto em prática, com a ajuda silenciosa de várias autoridades que se omitiram e não reprimiram a marcha de golpistas que foi do QG do Exército à Praça dos Três Poderes.

Vencida a resistência dos poucos policiais militares que tentaram impedir a ação dos vândalos, o que se viu foi depredação, agressão aos agentes da lei, utilização das táticas militares certamente repassadas pelos Kids Pretos que inflavam o grupo (como a utilização dos gradis como escada para acessar o interior do Palácio do Planalto).

A partir daí, as cenas abjetas correram o mundo:

Como se vê, não são cenas de um grupo pacífico.

A intenção dessa gente era declaradamente a de derrubar a democracia brasileira, a começar pela negação do resultado das urnas. A tese esdrúxula que tenta minimizar a gravidade do que aconteceu em 8 de janeiro de 2023 teve até a adesão do novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PP).

Mas ele foi rebatido à altura pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que foi a relatora da comissão que investigou o que aconteceu naquela ocasião.

Como relatora da CPMI posso atestar categoricamente: após 5 meses de investigação, de receber centenas de documentos e de ouvir dezenas de testemunhas, houve tentativa de golpe de Estado e o responsável por liderar esses ataques tem nome e sobrenome. É Jair Messias Bolsonaro”, escreveu ela em sua conta no X.

Quem, por ventura, ainda tiver alguma dúvida: faço um convite para ler detidamente o relatório da comissão de inquérito c/ suas mil páginas, devidamente aprovado por deputados e senadores”.

Uma leitura recomendável não só para Motta, mas para os bolsonaristas que hoje defendem a anistia para aqueles que tentaram participar da tomada do poder por um governo autoritário, chefiado (mais uma vez) por militares.

Não há crime mais hediondo em um regime democrático.

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