O setor público brasileiro — que inclui o governo federal, estados, municípios e empresas estatais — apresentou um déficit primário de R$ 19 bilhões em fevereiro de 2025. A informação foi divulgada nesta terça-feira (8) pelo Banco Central, no relatório “Estatísticas Fiscais”.

Esse resultado representa uma queda de 61% em relação ao mesmo mês de 2024, quando o déficit havia sido de R$ 48,7 bilhões. Os números são nominais e não consideram correções pela inflação.

O déficit primário reflete o balanço entre arrecadação e gastos públicos, sem incluir os juros da dívida pública.

A maior parte do saldo negativo registrado em fevereiro veio do governo central (que inclui o Tesouro Nacional e o Banco Central), que teve um déficit de R$ 28,5 bilhões.

Por outro lado:

• Os governos estaduais e municipais tiveram um superávit de R$ 9,2 bilhões;
• As empresas estatais registraram um pequeno superávit de R$ 299 milhões.

Déficit acumulado em 12 meses diminui

Nos 12 meses encerrados em fevereiro, o déficit primário somou R$ 15,9 bilhões, o que equivale a 0,13% do PIB (Produto Interno Bruto). Esse número mostra uma melhora em relação a janeiro, quando o déficit representava 0,38% do PIB.

Diferente do resultado primário, o resultado nominal considera tanto o saldo entre receitas e despesas quanto os juros da dívida pública. Nesse caso, o déficit nominal em fevereiro foi de R$ 97,2 bilhões.

No acumulado de 12 meses, o déficit nominal atingiu R$ 939,8 bilhões, o que representa 7,91% do PIB. Em janeiro, esse índice estava em 8,10%, com um déficit de R$ 956,5 bilhões.