Pesquisa foi realizada pela Fundação Paulo Feitoza, na capital
Pesquisa gerou uma solução tecnológica que torna possível pessoas tetraplégicas, por exemplo, a acessar computadores para realizar diferentes tarefas, entre as quais, editar textos, criar planilhas e navegar na internet, utilizando somente movimentos da cabeça, piscar de olhos ou abertura de boca. O projeto foi realizado pela Fundação Paulo Feitoza – FPFtech, em Manaus.
Com a solução, desenvolvida a partir do processamento de imagens, uso de sensores, internet das coisas e inteligência artificial, tetraplégicos e pessoas sem as mãos também podem executar comandos como ligar e desligar lâmpadas, televisores, ar-condicionados e demais equipamentos eletroeletrônicos.
De acordo com o coordenador da pesquisa e gerente de projetos da FPFtech, doutor em engenharia, Rogério Caetano, a tecnologia oferece importante inclusão social e digital.
“O sistema preparado no projeto pode possibilitar o retorno aos estudos, retorno ao mercado de trabalho. Hoje em dia você consegue trabalhar de forma remota utilizando o computador. Além de proporcionar o aumento da independência, melhora da autoestima e da qualidade de vida“, destacou.
Funcionamento
Solução elaborada no âmbito do projeto é composta de um sistema de hardware e software. A solução utiliza movimentos da cabeça para controlar o cursor do mouse na tela do computador a partir de imagens capturadas via Webcam. “Basicamente com a abertura de boca e piscadas, a pessoa consegue fazer o click do mouse. A partir de teclados virtuais consegue digitar textos“, explicou o doutor.
Também foram desenvolvidos dispositivos IOT (em inglês, sigla para “Internet das Coisas”) específicos para o projeto, que permitem conectar diferentes aparelhos tecnológicos e o comando do usuário ao acessar o computador.
Produção científica O projeto, intitulado Activelris, gerou produção de artigos científicos, apresentação em eventos tecnológicos e debates em importantes seminários e conferências dentro e fora do Amazonas.
A pesquisa, promovida com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e investimentos de empresas sediadas no Polo Industrial de Manaus (PIM) aportados por meio da lei de informática, contou com a participação de pesquisadores, engenheiros, analistas de sistemas, designers, além de pessoas com deficiência que auxiliaram nos testes de usabilidade da ferramenta.