Donald Trump, presidente dos EUA, voltou a pressionar Jerome Powell nesta sexta-feira (6) após a divulgação dos dados de emprego pelo BLS. Na visão de Trump, o presidente do Fed deveria fazer um corte de 1% na taxa de juros.
No entanto, dado que o Banco Central dos EUA opera de maneira independente, seus dirigentes não precisam atender aos pedidos de Trump ou outro político.
Embora tenha iniciado uma sequência de cortes no final de 2024, o Fed os manteve inalterados até então em 2025. Sua próxima reunião está marcada para o dia 18.
EUA geram mais empregos que o esperado por economistas
O BLS divulgou nesta sexta-feira (6) que os EUA geraram 139.000 empregos em maio, número superior ao esperado por analistas. Somado a isso, os dados mostram que a taxa de desemprego se manteve inalterada nos 4,2%.
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Já o salário médio por hora passou por um aumento de 0,4% no mês.
Além da inflação, atualmente em 2,3%, os dados de emprego são outro fator analisado pelo Fed para tomar suas decisões sobre as taxas de juros que, quanto mais altas, mais engessam a economia.
Conforme os números mostram que a economia americana está aquecida, ou ao menos sem risco de entrar em rescessão, é esperado que o Fed mantenha os juros no nível atual, entre 4,25% e 4,5%.
Trump volta a pressionar Powell sobre corte nos juros
Donald Trump já havia pressionado Jerome Powell ainda em abril para o presidente do Fed fazer um corte na taxa de juros. Na data, o presidente americano afirmou que a inflação estava em queda e aquele seria o momento perfeito para um corte.
Powell e sua equipe não cederam.
Nesta sexta-feira (6), Trump voltou a pressionar Powell, agora pedindo um corte de 1%. Anteriormente, o Fed fez cortes entre 0,25% e 0,5%, portanto, isso se acontecesse, causaria um choque nos mercados.
“A Europa teve 10 cortes de juros, nós não tivemos nenhum. Apesar dele, nosso país está indo muito bem. Faça um corte de um ponto inteiro”, disse Trump, citando que o Fed está atrasado.
Em outra postagem na Truth Social, Trump aponta que “praticamente não há mais inflação” e que bastaria aumentar as taxas novamente caso ela voltasse.
“Muito simples. Ele está custando uma fortuna ao nosso país. Os custos de empréstimo deveriam estar muito mais baixos.”
Para o Bitcoin, um corte de 1% seria o “combustível de foguete” mencionado por Trump. Afinal, o mercado buscaria por mais investimentos em ativos de risco na busca de lucros maiores.
Embora o Bitcoin tenha sido derrubado pela briga entre Donald Trump e Elon Musk, a criptomoeda logo se recuperou. Os dados de emprego também não tiveram muito efeito para nenhum dos lados.
Fonte: Livecoins