O sexto voo com brasileiros deportados dos Estados Unidos pousou no Brasil às 9h10 desta sexta-feira (11). O pouso ocorreu em Fortaleza (CE), com 96 passageiros.
A partir da chegada, a Polícia Federal (PF) fica responsável pelo controle migratório, lista de passageiros e busca por possíveis mandados judiciais em aberto.
Em um voo de 21 de fevereiro, dois brasileiros estavam com mandados de prisão em aberto e foram presos logo no desembarque.
O Ministério dos Direitos Humanos, o Ministério das Relações Exteriores e a Defensoria Pública da União também fazem parte da recepção e fazem o acolhimento, com acesso à água, alimentação, pontos de energia, internet e banheiro para a recepção dos deportados.
Além disso, uma equipe de assistentes sociais e psicólogos também recepciona os brasileiros e oferece suporte para encaminhamento de serviços de documentação e regularização migratória.
Os repatriados serão levados, em seguida, ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, localizado em Confins (MG) – destino final da operação. A Força Aérea Brasileira (FAB) deve disponibilizar uma aeronave para o último trajeto.
O voo desta semana é o sexto com deportados brasileiros chegando em território nacional. O primeiro teve o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (MG) como destino, mas o governo federal decidiu mudar os seguintes para a capital do Ceará, evitando que os passageiros sobrevoassem o Brasil algemados – prática norte-americana de voos com deportados.
Os brasileiros seguem o protocolo e retiram as algemas quando o avião toca o solo.
Com esses novos deportados, já chega a 627 brasileiros que foram enviados de volta dos Estados Unidos após o presidente Donald Trump tomar posse. Foram 88 no primeiro voo, 111 no segundo, 101 no terceiro, 127 no quarto voo e 104 no quinto.
No balanço do governo, houve um voo em janeiro, dois em fevereiro, dois em março e este como o primeiro em abril.
Na chegada do primeiro voo no Brasil, em 24 de janeiro, as autoridades brasileiras foram surpreendidas com o processo de algemar os imigrantes, além de relatos de abusos e condições precárias enfrentadas pelos deportados. Desde então, uma força-tarefa foi montada pelo governo federal para o acolhimento dos deportados.
Fonte: CNN Brasil